Há uma luz iridescente vinda do teu olhar
que não se basta somente em aquecer a vida
que pulsa hesitante no meu mundo ─ esta caçada
inglória do rastro do verso e de uma saída
a qual se resume no absoluto sinônimo de armadilha,
miragem tentadora, dona das mil teses que dissertam
sobre um caminho mais sereno e o xis da poesia
se reduz num mapa impresso e acessível para os poetas.
Há uma luz fremente vinda do teu olhar
que abriga o armistício para esta guerra
de tantos eus mortos e naufragados no mar
da bandeira pirata do poema que me encerra
dentro de várias esferas, onde o fim não existe
─ feito os castigos de Zeus (suas penas perpétuas)
quando condenam definitivamente os poetas
à eterna e fracassada busca dos seus limites.
Há uma luz potente vinda do teu olhar
que desvenda as minhas sombras desobedientes,
que faz lembrar do teu doce e macio abraço quente
─ um escudo que nenhum punhal pode atravessar,
seja num golpe amador ou no de um arqueiro,
seja cravado na minha mentira ou na minha verdade.
Teu amor cristalino me enxergou por inteiro
mesmo quando eu só me via pela metade.
4 comentários:
Pra mim, a saída é essa sua aí escrita. Beleza.
.. um ser não conteve tal emoção ao ler um poema como esse, que de tão intrinseco e dito docemente, entrou dentro de um ser de alguém que espera o seu de outro alguém...
Parabéns, lindo o que escreveste!
Bejou, da Ballerina.
Luz que inebria
causa espanto
alento
contentamento
olhar de menina
moça-mulher
força pra quebrar o espinho
luz na extensão do caminho
Bela poesia,
Abraços!
Pessoal,
Essa foi a minha primeira postagem no blog, o que somente foi possível pela gentileza do Barone. Obrigado a todos por tão gratas palavras que deixaram-me lisonjeado.
Beijos
Marlos Degani
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