[para os amantes,
para que não deixem
de amar]
e o bafejar quente apodera-se dos poros
das linhas da mão e do corpo frio.
aconchegam-se as duas pernas nuas na coberta
e substituem-se serenos os soltos calafrios
na arena da noite irrequieta.
são dela os suculentos lábios
na palma da minha mão
é dela em mim
o corpo
superlativo
supremo
a qualquer coberta de algodão nas minhas pernas nuas.
levaste-me lá para dentro
e juntos ouvimos,
dedilhada pelos dedos fortes do sentimento,
a harpa.
e juntos sentimos
que:
em tempos de frio
o amor é casa
em tempos de calor
o amor é praia;
em lugares de tempo
o amor é harpa
e para lá dos tempos e lugares
o amor, minha musa,
és tu.
Gavine Rubro
poesia inédita
*(poema postado
às 00:36 de 4/5/2011
- hora portuguesa)
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