quarta-feira, 20 de abril de 2011

meteorologia

a solidão era o motivo
da chuva em teus olhos

precipitando amarguras na manhã tardia
transbordando rios de frustração

invadindo as margens
levando na enxurrada

casas
vidas.

5 comentários:

Quintal de Om disse...

essa tempestade impetuosa
alagou aquela margem de rio
que havia no leito do
seu olhar.
Lembro-me bem!

Que lindo, Flavio!
Meu carinho
Samara Bassi

BAR DO BARDO disse...

precisamos de meteouro

Francisco Coimbra disse...

Flávio:
Um poema interessante disposto em três estâncias, como pedras no leito do rio onde temos de deixar correr a voz do poeta nas suas pedras, letras dispostas no leito do rio. É ver como se aguenta a metáfora, essa á a leitura que nunca deve ser passiva sem se correr o risco da indiferença que anula toda a diferença e liquida a poesia. Poesia que se quer líquida, como a água no rio a correr…
Primeiro a solidão, tristeza, choro.
Segundo, a amargura transborda em frustração.
Finalmente a criação de sedimentos futuros de/pendentes da “meteorologia”, o que ficou das leituras que se façam.
«
invadindo as margens
levando na enxurrada
»
Parabéns.

Anônimo disse...

Obrigado por todos os comentários
abraços
Flávio

Renata de Aragão Lopes disse...

casas
e vidas
vazias