1.
quero a palavra disforme
análoga à forma das nuvens
prenúncio de coisas tardias
vazio sem nome –
buraco negro a engolir estrelas.
quero o verso vazio
poesia de coisa nenhuma
silêncio em seu contrário
vazio sem nome –
Sputnik a vagar no espaço.
quero o regresso à terra
o abraço do solo escuro
anúncio de coisas inúteis
vazio sem nome –
Morte a engolir a vida.
6 comentários:
ja li várias vezes. e não paro de ler esse seu poema. gosto cada vez mais.
uma viagem
várias
Encanto e magnitude sobre o que vês! O simples cantar dessa hipocrisia vivente, desse mal (des)necessário que nossa propria mente submerge, emerge, faz e refaz descontente com as sombras que os próprios passos produz!
Encantador e magnificente escrito, poeta!
♥
Flávio, como comentei no blog do Isaías:
fico orgulhoso em ver meu brothers produzindo obras de tamanha qualidade!
Abraços!
Não posso me cansar de reler vc...
Valeu pessoal,
Isaias, HP, Nolli e Kiro pelos comentários!!! Bem-vindos sempre!!!
Paz e Poesia a todos!!! Feliz Natal e 2011 Precioso a todos!!!
Grande Abraço!!!
Postar um comentário