madrugada de distâncias infinitas
que escorrem liquefeitas à janela
e cintilam no asfalto rua afora
entre cães adormecidos e mendigos
liquefazem-se as distâncias não o tempo
que este escorre indiferente à madrugada
e branqueia o cabelo enruga a face
num rosário de alegrias e desditas
onde a vida embora vida não é bela
e se bela é de ontem não de agora
que ora alterna-se entre leitos e jazigos
e onde amor é sempre tédio ou contratempo
corpo aqui corpo acolá numa enxurrada
de vazio e solidão por desenlace
Márcia Maia
4 comentários:
Marcia Maia, Vitor Barone e toda a galera do Poema Dia,
Convido vocês para lerem meu livro inédito de haikais ENTEN KATSUDATSU que saiu na GERMINA LITERATURA:
http://www.germinaliteratura.com.br/booksonline_cassioamaral/booksonline_cassioamaral.htm
Abração a todos. Muita luz.
ca
www.cassioamaral.blogspot.com
*Victor
Um belo poema.
bjs
Flávio
Márcia, como sempre nos oferecendo um ótimo poema! Imagens belas sobre a noite, o tempo e o amor.
Beijos.
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