segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Calibre

Devastador!
Assim concluo
o ferimento que possuo...
nas entranhas dos meus medos,
nas esquinas dos enredos
que invento com a dor.

Imaginável...
O amor puro...potável...
Que brota ao longo do tempo...
e que gira ao gosto do vento
a cada vez
que me permites... outra vez...
te ter aqui.

Inebriante...
Tua boca colante
maior do que a minha
no breu da cozinha
a me afogar em lembranças
e na ginga das danças
que nunca tivemos.

Inatingível...
O amor preservado
no tempo roubado.
O olhar que diz tudo
E o sorriso mudo
Da vida tão nossa
Que sempre se esboça...
A cada toque...
A cada pausa...

Inconseqüente...
O pulo do muro...
O beijo no escuro...
A cada encontro
E tudo que vem...
E tudo que vai...
E tudo que inibe...
Esse amor
de grosso calibre
que mata e renasce...
no teu olhar verde
e nesse meu mundo...
tão teu!

4 comentários:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Amar é o risco mais inconsequente da vida.
"Inconseqüente...
O pulo do muro...
O beijo no escuro..."

amei os versos, belos!

TON disse...

Um amor amor que só cabe em versos de quem o sente. Belo!!!

Rodrigo de Assis Passos disse...

como gostei de ter achado esse blog, me embolei em tantos versos!!!

Rodrigo Xavier disse...

O vento

Entender!Mas entender o q?
Nem mesmo os deus do olimpo saberiam

A vida e o tempo passam como um vento
Qdo se percebe se foi
Como uma folha fresquinha caída da copa de uma árvore

Depois disso é só varrer e limpar a calçada
Mesmo q o vento volte a sujar