A morte alheia tem anedota
que prende o morto ao dia-a-dia,
que ainda o obriga a estar conosco
já morto, ainda aniversaria.
Só que não vamos pelo morto:
Queremos ver a companheira,
a mulher com que agora vive;
comprá-la, de alguma maneira.
Dizer-lhe: do marido de hoje
mais do que amigos fomos manos;
para que, amiga, salte um nome
de seu preciso livro Quandos.
João Cabral de Melo Neto
3 comentários:
Caros amigos todos !
pela 1ª vez (sempre existe uma, inevitável...) ESQUECI-ME do meu dia 25 !...acontece com as melhores famílias...
Publico aqui, um dos (senão o mais...) meus preferidos : João Cabral de Melo Neto
um abraço a todos !
Joe Brazuca
Oi Joe,
perfeito esse do João Cabral de Melo, ótima escolha! bjs
Espetacular!
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