Depois da briga,
a ela, os poemas,
as canções, os consolos.
A ele, a culpa, a maldade,
a doença.
Embora o amor dele, por ela,
talvez seja ainda maior.
E sua dor, após a briga,
mais intensa,
mais corrosiva,
menos virtuosa
do que se fala da dela,
em discos, versos,
imagens.
A ela, coube os ombros amigos,
as palavras de auto-estima.
A ele, o travesseiro
e o quarto frio.
A ela, a singeleza das manhãs frescas.
A ele, o torpor das madrugadas de calor.
A ela, os jardins e buquês.
A ele, os cafés e as vodcas.
A dele é assentimental,
é rude, imperceptível,
impassível de compaixões.
É solitária,
de todo o modo.
3 comentários:
Gostei, Diego!
Embora bem distinta,
lembrou-me a história
de Dalva de Oliveira. : )
Beijo,
doce de lira
É preciso compreender o universo masculino. Também gostei, Diego.
Diego, uma delícia de Poema
Muito inteligente e doce. ab
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