terça-feira, 20 de outubro de 2009

à luz da noite

o lampião baila assustado
sob o efeito dos ventos de outono

de repente não tenho vontade do mar lembrar
e caso houvesse vontade tão distante estaria que impossível seria

resta - me abrir os arquivos vivos
deitar sobre a cama desfeita da memória

contar até um milhão
acalmar o coração com orações de ocasião

ligar o rádio em uma estação deserta
acordar banhado em suor

entender que nada dessa noite ficou
além da tentativa frustrada de reacender o que nunca se iluminou.

companheiros esse poema está concorrendo no site do prêmio de poesia em video da Fliporto, querendo votar acessem: http://www.fliporto.net/votacao2/