terça-feira, 1 de setembro de 2009

Terra

Sou como terra devastada
Por onde caminhas com pés de seda
Por onde sopram os ventos secos
Que me roubam a lágrima

Sou como terra devastada
Onde se aninhas em busca de colo
Onde ecoam estes lamentos
Que me anoitecem a alma

És minha pétala em flor
A me elevar desta aridez
A expulsar de mim este deserto
A me despertar sabores esquecidos

És este lábio de fruta
A me recordar os sentidos

12 comentários:

Maria Maria disse...

Olha, passei aqui e fiquei. Li e gostei!!!
Voltarei mais vezes.

Beijos e é um prazer conhecê-lo,

Maria Maria

Renata de Aragão Lopes disse...

"A expulsar de mim este deserto
A me despertar sabores esquecidos

És este lábio de fruta
A me recordar os sentidos"

BAR DO BARDO disse...

Muito bom, Bar One!

Adriana Godoy disse...

depertar sentidos, isso fez o seu poema. beijo.

Hercília Fernandes disse...

Muito gostei, Barone.

Vazio e preenchimento numa mesma paisagem, e múltiplas sensações a aquecer todos os sentidos. Puro lirismo!

Beijos :)
H.F.

diario da Fafi disse...

sabe, devo confessar que tanto sinto isso...

E tanto.

E é bom.

carinhos.

Anônimo disse...

"...lábio de fruta/a me recordar os sentidos",
é, victor, poesia é.
este recorte de imagens,
esta cambalhota de ritmo,
este dizer...
(?)

tenório disse...

Poesia pura, feito Neruda... Muito bonito esses seus versos...

Joe_Brazuca disse...

...nesta tua terra
planta-se letras
germinam frases
colhe-se versos...

muito bom, Barone !

abs

Felipe Costa Marques disse...

Big Bar One,

Accidental Sonnet?

Belíssimo Poema!

Abração e
Saudações Cruzmaltinas!

Audemir Leuzinger disse...

recordou meus sentidos, barone.
as vezes esqueço.

Barone disse...

Obrigado turma.