quando chega o dia
já pensado como sendo fado
onde me escrevo letra
nu desenfado para canto
silencioso como o cio
denunciando palavras
assim jogadas ao vento
onde voam soltas sementes
leves dos sons que vão
há procura de chão
passo neste dia
pelo trinta e um do poema
onde se joga a sorte
da lavra de todo o lavrador
cultivando com amor
submetido ao acaso
dum juízo vasto na maré
do mar domando onda
subo para um verso
ultra-leve diverso
serve-me a tromba
do mesmo modo garra
com o bico onde afio mina
dum lápis mineral
sobre a folha vegetal
até deixar impressas
impressões com a alma
duma transformação lenta
do que do pensamento
passa a momento
até escrever verso-final
sábado, 5 de setembro de 2009
POEMA DIA
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Francisco
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4 comentários:
memento moris
Francisco, belas e poéticas impressões sobre o dia D. Muito interessante. Gostei.
Sempre muito interessante! Você me deixa sempre com muito a pensar
Abraços, Francisco.
Francisco, as palavras se aninham com sabedoria nas tuas linhas. Sou seu fã. Abraços, Rogerio
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