terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pé de firmamento



Um galho de raio
Arranha o semblante azul
E o infinito
Fica mais bonito
Ferido

Silêncio: raio é rachadura rangendo...

(Cada raio é raiz arrancada)

O monumento azul
Desaba
Pelos corredores do ar
E se acaba!
Feito um cadáver
Chamado mar

(Quantos céus desabaram para um oceano se formar?)

Mas basta sobrar um pé de firmamento
Bom de se pendurar estrela
Para o menino, cheio de atrevimento,
Subir para acendê-la.

5 comentários:

Sidnei Olivio disse...

Gostei muito, Tenório. Abraço.

Adriana Godoy disse...

Lindo momento, os raios como raízes e o menino que se perde atrás de uma estrela. Belo poema.bj

Alex Suns disse...

Cara, muuuito bom! Vc, como sempre, certeiro como um samurai. Parabéns, tenório! De coração!
Alex.

L. Rafael Nolli disse...

Opa! Poemaço!

(foto idem)

Creio que o melhor dos seus por aqui - esse está em um nível difícil de se atingir! Bom demais!

Barone disse...

Lírico...

"Mas basta sobrar um pé de firmamento
Bom de se pendurar estrela
Para o menino, cheio de atrevimento,
Subir para acendê-la."