No mosaico do céu
o pedaço mais brilhante
era teu.
Cheia, nova... toda tua
era o enfeite mais perfeito
do quadro pintado na janela.
Pois quando te encontrei,
ela se jogou lá do alto
e teus passos no asfalto
viraram festa, vida nova.
Ah... a lua era a prova
cabal e palpável
do universo que brinca,
ao conspirar senil
por mim...por ti...
E na noite derradeira
que anunciava o fim...
pobre de mim...
Deitado na rede
e envolto na sêde
de te ter ali.
Soube que a lua
já não viria
e que ela brilharia
para um outro alguém
que nem tem
a saudade crescente
e que agora...
é minguante...
De volta à rua...
depois o eclipse
da última lua.
Anderson Julio Lobone
3 comentários:
por vezes esperamos nossas luas mas elas nos escapam, e se escondem como num eclipse.
só que para sempre...
Muito bom, Poeta !
abs</B
Bonito, especialmente os ´primeiros versos:
"No mosaico do céu
o pedaço mais brilhante
era teu." Lindo.
Belo poema, adorei.
mas me fez pensar em se se um dia a lua acabar
e recito vc:
"a saudade crescente
e que agora...
é minguante..."
abraço
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