sábado, 4 de abril de 2009

O Alienígena

O Alienígena. (Fábio Terra)

O Alienígena desce da nave espacial,
Vem de longe, e sobe a rua em um domingo de carnaval,

Fica pasmo, ninguém o testemunha,
Desfila com espanto junto a uma chuva
De confetes de jornal, das manchetes de ontem,
Que caem sobre a rua.

O Alienígena desce da nave espacial,
Vem de longe, e sobe a rua em um domingo de carnaval,

Sua fantasia de tão verdadeira passa despercebida
Desfila o seu espanto, mas sem compasso, sem samba
Trejeito estelar de desengonço, não cansa de observar.

O Alienígena desce da nave espacial,
Vem de longe, e sobe a rua em um domingo de carnaval.

O bumbo marca o ritmo do andar,
Ele sobe contra o bloco dos eufóricos,
E de mão se dá com a banda dos Barões da Rua Esquecida.

O Alienígena desce da nave espacial,
Vem de longe, e sobe a rua em um domingo de carnaval.

Piscam luzes, em um pobre cenário popular,
Lembranças da Lua, na rua? Aí está, Colombina a rebolar,
O alegórico carro passa como se uma nave fosse
Nua nau interestelar.


O Alienígena desce da nave espacial,
Vem de longe, e sobe a rua em um domingo de carnaval.

O Arlequim triste pela Colombina não está,
Colombina pela mão convida o Alienígena,
Para um ménage a trois, carnaval, festa popular!

O Alienígena desce da nave espacial,
Vem de longe, e sobe a rua em um domingo de carnaval.

O bumbo descadencía, diminui a alegria,
A Banda dos Barões da Rua Esquecida,
Toca sua última marcha vazia,
Acabou a farra Colombina.

O Alienígena sobe na nave espacial,
Volta pra longe, sobe pra Lua,
No final do domingo de carnaval.

2 comentários:

Benny Franklin disse...

Muito bom!
Parabéns!

Werther Fioravanti disse...

e como a lua, O Alienígina sempre volta... quem sabe?