O Alienígena. (Fábio Terra)
O Alienígena desce da nave espacial,
Vem de longe, e sobe a rua em um domingo de carnaval,
Fica pasmo, ninguém o testemunha,
Desfila com espanto junto a uma chuva
De confetes de jornal, das manchetes de ontem,
Que caem sobre a rua.
O Alienígena desce da nave espacial,
Vem de longe, e sobe a rua em um domingo de carnaval,
Sua fantasia de tão verdadeira passa despercebida
Desfila o seu espanto, mas sem compasso, sem samba
Trejeito estelar de desengonço, não cansa de observar.
O Alienígena desce da nave espacial,
Vem de longe, e sobe a rua em um domingo de carnaval.
O bumbo marca o ritmo do andar,
Ele sobe contra o bloco dos eufóricos,
E de mão se dá com a banda dos Barões da Rua Esquecida.
O Alienígena desce da nave espacial,
Vem de longe, e sobe a rua em um domingo de carnaval.
Piscam luzes, em um pobre cenário popular,
Lembranças da Lua, na rua? Aí está, Colombina a rebolar,
O alegórico carro passa como se uma nave fosse
Nua nau interestelar.
O Alienígena desce da nave espacial,
Vem de longe, e sobe a rua em um domingo de carnaval.
O Arlequim triste pela Colombina não está,
Colombina pela mão convida o Alienígena,
Para um ménage a trois, carnaval, festa popular!
O Alienígena desce da nave espacial,
Vem de longe, e sobe a rua em um domingo de carnaval.
O bumbo descadencía, diminui a alegria,
A Banda dos Barões da Rua Esquecida,
Toca sua última marcha vazia,
Acabou a farra Colombina.
O Alienígena sobe na nave espacial,
Volta pra longe, sobe pra Lua,
No final do domingo de carnaval.
2 comentários:
Muito bom!
Parabéns!
e como a lua, O Alienígina sempre volta... quem sabe?
Postar um comentário