sexta-feira, 17 de abril de 2009

marítima



era àquela hora em que o mar por estar
o céu já quase rosa tem um tom entre
o verde-prata e o violeta

havia sargaços — tantos — um manto verde
escuro sobre a areia e a maré vazante
descobria os primeiros arrecifes

uma lua — crescente — brotava do horizonte
quando tuas mãos sorriam em minha pele
desvendando caminhos de antigamente

e debruçava-se azul sobre a janela quando
acordei — pele salgada de amor e maresia
e o eco da tua voz em minha boca


Márcia Maia


10 comentários:

Beatriz disse...

Paisagem poética. Descreve percepções com belas imagens em que pele e maré se confundem.
Sempre maravilhosa Márcia.

Felipe Vasconcelos disse...

Lindo, Marcia!
Gosto da sensualidade dos teus poemas porque eles transcendem o erótico, ou talvez seja melhor dizer que o erotismo dos seus poemas extravasam pra noite, pro mar, pro mundo.
E esse último verso dá um tesão danado!

Renata de Aragão Lopes disse...

Os sentidos em poema...
Lindo!

Ton disse...

Uma terna moldura para uma saudade do amor que tem nome. Parece que ainda não dói.

VERA PINHEIRO disse...

Muito bonito, Márcia. Adorei! Beijos de parabéns e carinho.

Hercília Fernandes disse...

Belo, Márcia. Paisagístico.
Gostei muito.

Beijos :)
H.F.

Márcia Corrêa disse...

Fora um sonho?

Flavio Machado disse...

grande poema parcerinha, belo belo, quem sabe quando eu tiver inspiração faço uma invasão,rsrsr

bjs

l. rafael nolli disse...

Sem palavras!

Felipe Costa Marques disse...

poema oceânico,
amores transatlânticos
de beleza infinita.