O clarão dá luz à sombra:
cláusula de contraste
na sanção tribunal do universo
Lá, o juiz
...um grande olho chamado física
......ou a grande física chamada deus
não admite advocacia
não admite, nem quer saber
a luz é imoral claridade
uma criadora suja
mãe solteira cuja arte
concebe trevas na difusão dos corpos
vê se a física tem juízo
a sombra não cria luz
vive livre
...sem princípio e
...sem caráter
quando representa,
é ela quem diz no primeiro ato:
a dor da Terra
é a propaganda do Céu
12 comentários:
Instigante.
Victor,
seu poema foi debatido aqui em casa.
Todos gostamos!
Parabéns!
o teu escritos, como esse poema, me parece, foge de tudo que fazemos aqui. sua escrita busca alguma coisa que não domino. ela é perigosa, pois está no limiar da confusão, porém pelo seu surpreendente talento, (agora cito a godoy acima)instiga. é uma lógica tão sua, que me obriga ao raciocínio, ao debate, a concluir que ali, diante de mim, está um poderoso poema.
Parabéns, Meira!
errata: os teus escritos, falha minha. rs
Gosto desse Victor.
Meteu poesia bem no buraco negro.
Parabéns!
oi! Tudo bem?
Como faço para publicar um livro?
tenho que ser formada em letras? Ou algo parecido?
Adriana, Renata, Tenório e Tião, fico muito feliz com os comentários de vocês. É uma honra pra mim.
Vamo continuar nessa troca!
Beijós e abraços.
Victor, dentre a muitas razões desse ser um grande poema destaco a desenvoltura da linguagem, que não é simples, mas que flui de forma clara e direta, com uma clareza impressionante para um texto que trata de valores altos e contrastes gritantes. Beleza, meu camarada.
Corajoso Victor!
Fala de tema comum sem cair no piegas. Passa raspando na prosa e vooa poesia em lascas. Faíscas =)
tuas letras são claras e despudoradas, como esse tal fulgor que propaga às rasgadas...Toca no fundo e eleva as mentes que as lêem...Uma não subexiste sem a outra e a terceira, livre que é, assombram na (meta)física...
e Deus ?...Continua brincado com seus brinquedinhos iluminados...
este seu poema me deu muito prazer.
abraço
Obrigado pelos comentários, Joe e Rafa, aprecio o carinho da leitura de vocês.
Bê, gata, o flerte com a prosa é inevitável. Não consigo deixar de tirar uma casquinha, haha.
Beijós e gracias!
ótima lírica entre o cosmólogo e o linguista, ilustre bardo!
abraço
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