enterrava-se
entre palavras doces
e o terno desafio
de ser branda
diante das dores
era candura
ao beijar-te a boca
que trazia pavor
e silêncio
não se assombrava com nada
mergulhada em olhos azuis
poderia respirar liberdade
sonhava que o ventre alheio
só trouxesse do mundo
gozo e felicidade
e mesmo apaixonada
percebia-te todos defeitos
não o exaltava
em versos cegos
por bem querer
resignou-se
em cultuar o erro
o manco e a ausência
e suave sobrevivia
à espera de sua volta
sentada na soleira.
2 comentários:
Belíssimo Poema, meza Xará!
...e vamos criar o blog dos Marques sim...
bjs e abs!
Valeu, caro!
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