segunda-feira, 2 de março de 2009

diariamente


***

para o dia que no meio, começa
preso na garganta em tempo, termina
para aquele beijo que sem pressa, fulmina
enquanto a raiz do intento, regressa -

espero crua
como deve ser

espero na rua
como devo ver?

para aquele doce que antes cedo, do que nunca
em tempo para mais do que poderia, esclarecer
um pequeno romance, uma nota, um enredo
e estou eu pronta, eu inteira pronta pra te entoar segredo...

espero sua
ontem, hoje, nunca.


***

9 comentários:

Adriana Godoy disse...

Bela declaração de amor!

Renata de Aragão Lopes disse...

Uau!

Beatriz disse...

Fragmentos de um cotidiano amoroso.
Gostei, Alice

Marcos Pontes disse...

Poesia bem traçada, gostei deveras. O jogo raro de palavreas em que o verso seguinte dá continuidade descontínua ao verso anterior. Muito bom!

cisc o z appa disse...

nem sei
nem tanto
mas apronta
e
é uma bela aprontada!

evoé!

Adriana Riess Karnal disse...

nunca é um ponto de vista...gostei muito !

Barone disse...

Alice, sempre acridoce. Adorei.

Anônimo disse...

a vontade que não se submete.
nem se entrega.


bela expressão da incerteza!

Benny Franklin disse...

Muito poético: