Procuro pelas palavras e não as encontro.
Por onde andarão?
Por que se escondem?
Se rebelaram mimicamente
ou se refugiaram dentre os livros da estante?
O dia se perde na busca constante...
Anoitece e o papel ainda em branco!
Melhor deixá-lo assim: mar morto!
Do que povoá-lo sem virtude.
Melhor deixá-lo assim: saara!
Do que irrigá-lo com o dicionário.
(A estante: não desarrume a estante!
As palavras que lá se encontram
não romperão com o silêncio.)
É melhor deixá-lo assim: mudo
espelho refletindo um momento de solidão
extasiado de poesia.
10 comentários:
As palavras e as coisas. Bela imagem o dicionário irrigando a página.
Sim, muitas vezes diante da poesia não sai poema. As palavras fogem encantadas ou somos nós que silenciamos diante da beleza delas.
Gostei do poema revelador
po
voar
sem
virtú
não sai nem o pó!
muito bom, camarada
seja bem vindo!
O poder incalculável das palavras querendo se rebelar na estante! Bacana o tema, já passei por ela algumas vezes! Me atrai muito. ótimo poema, meu camarada!
Foram bonitas as idéias construidas com as próprias palavras e sentimentos que faltam a inspiração. Fiquei preso nos versos.
www.palavraderedator.blogspot.com/
Um óptimo poema oculto!
Fiquei extasiada a contemplar a tua travessia em busca das palavras.
Ei poeta! Adorei seu poema, me fez pensar nas vezes que tentei povoá-los sem virtude... não adianta, né? ou então surge um troço oco, sem eco.
adorei a imagem de irrigar com o dicionário! muito bom!
Bem vindo Sidnei!
Caros amigos(as) poetas: muito obrigado pelos comentários e por me receberem tão bem nesse blog que transpira poesia da mais alta qualidade. Saudações
Todas as palavras das estantes, das que vimos e das que ecoam, soma de tantos delirios mas nunca igual aos nossos, não estão nos livros, estão dentro de nós...palavras nunca escritas...talvez benditas talvez malditas...mas ditas...
Parabens
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