os poetas vão escasseando
até um dia deixarem de existir
quando os poemas silenciosos
não se resgatarem nas palavras
a viverem a aventura dos versos
dentro da margem da folha
pendurado no espaço do dizer
o dito hesita a sua existência
procurando ter este êxito
um sorriso mostrando os dentes
a rir da boca para fora de dentro
7 comentários:
... Muito bonito, Francisco,
desde a construção que vai minguando o verso até restarem duas frases isoladas no sorriso (d)entro, como a dupla carreira de dentes dentro da boca, e a boca fechada.
Poeta que retorna a si e não se mostra, assim se dará a extinção dos poemas. Espero eu que não! Sumam da face da terra as outras coisas todas, fiquem os poetas, até para reenventá-las quando não existirem!
Beijo.*.
Aos que se desnudam: aplausos, confetes e purpurinas!Beijos no coração!
Um poema alerta. Bravo!
Muito bom... Sinto da mesma forma, mas reluto em acreditar na extinção. Eu faço poemas em prosa... Admiro muito quem tem o dom do verso... Dei uma olhadinha no teu blog e fiquei feliz por encontrar mais um sobrevivente do sentir. Bom...
Bjs
Poemaço, Francisco! De prima. Abs.
Betina, Olara, Ana Ribeiro, Srta. N, Benny, agradecido pelos comentários!
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