Fotografia By Lee Jeffries
I
Como um boto
que vai aos bailes com suas prováveis vítimas
desprezando o antes-gozo;
Como um buraco negro
que lança galanteios às supernovas
desdizendo da após-aurora esmeraldina,
Assim
o instante desdenhando do bíceps.
Assim
a imaginação do benjaminzeiro
concebendo à fórceps.
Assim
o verbo golfando sob o ardume.
II
Há poetas
com saliências verborrágicas
para iludir o pranto
e
olhares insulares que servem de analgésicos
para confundir a vida.
III
Há poemas
e não
fingimentos
que crescem mais do que a alma
pode suportar,
esses
são brotos ortodoxos
da
consciência
necessários
à satisfação de suas masturbações.
Um comentário:
Benny e sua poesia única, inconfundível! Um poema dividido em três partes, um poema uno, três poemas independentes... O trecho "a imaginação do benjaminzeiro
concebendo-se à fórceps" por si só já é de um beleza e tanto.
Postar um comentário