[Dedicado às memórias de "Sócrates" e "Léo" - dois paraenses da gema]
Era viagem ao centro de Mim
e ocorreria entre granitos e vômitos
― mas estive em pânico
para ir viajar tão cedo sob ameaça de terminar o namoro
como um encurtado quartzo
em gôzo.
Não fosse o poema
[sombrear-se] em pedaços
Eu prostrar-me-ia aos pés de um fogoso estofo de vida
pelo muito fogo que gala...
E dar-me-ia a posição de Lótus
para as pernas
para as pernas
antes do Sol
que tende a coagular-se...
que tende a coagular-se...
E beijaria as mangabas do cajueiro,
a cuba
da geleira manufaturada que nem madrepérola
desvirginada...
E afrontaria o ânimo da foice,
o aço cirúrgico do bacio broxado,
o após-roxo da fala
que apenas com o fantasma do medo
[im]pediu-me
que apenas com o fantasma do medo
[im]pediu-me
a fuga.
7 comentários:
Bonito, Benny. Me lembrei de uma música do Beto Guedes: " viagem de buscar, sertão e beira-mar..." Beijo
Belo poema e bela homenagem. Abraço.
muito, muito bom!!!!
um abraço lusitano!
jorge vicente
Excelente, Benny.
Um prazer ler este poema! Abraço
Beijar de língua a mangaba e lhe sugar a cajuína. Você é Brasil, Benny!
Gostei!
BRAVÍSSIMO!
Repito Jorge Pimenta!
Beijos
Mirze
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