Fotografia by NãoSouEuéaOutra
I
Cócega e tráfego
sem a turgescência dos insurrectos logradouros.Oh, cântico marginal!
Os homens agem [ao feitio de suas náuseas estranguladas]
soberbos e mórbidos:Tal como a proeza de evacuar
o verbo ereto e as palavras lúdicas[como cordas sem pescoços e silhuetas também sádicas]
os estômagos carnívoros se suportam mais íntegros
à medida que não se medem por frouxidões e prantos.
II
Poeta ignorado!
Ácido e gosma de coexistir exprimido.
Oh, servilismo e usança de acasalar!
Os travessões e as vírgulas não almejam
nem a aguardente doentia
e nem o fuçar das línguas oprimidas...
III
Mergulhado em lágrimas
eu sopro pelos interstícios dos tapumes metafísicos
as minhas melancólicas palavras...
Ai!... Os soldados me hão de reconhecer,
e se alimentarão das multifacetadas bromélias dos trôpegos.
Outros soldados e outros poetas calcularão as dores vencidas,
a covardia ejaculada do aço,
a fúria do endêmico cansaço,
mas não a poesia de mim!
© Benny Franklin
São Luis/MA
10 comentários:
Grande Benny! Um cântico grego!! Abs.
CANTO MARGINAL
seu canto marginal,
como só o são as palavras
quando sobem
seguindo uma espiral
onde se muda de nível
a cada círculo aberto,
num ciclo infinito!
Assim
A_braços!!
Metáforas dementes!...
Abraço, Benny!
Benny, é aquela coisa: poema visceral!
Caro primo Benny, buscaste São Luis, terra de notáveis poetas, como fonte inspiradora para ejacular metáforas dementes?
Fiz um Ctrl-C / Ctrl-V de sua poesia no blog da ASDECON http://asdecon.blogspot.com/
Forte abraço!
Querido Benny, grande Poeta de verbos esporrados em minh'alma prosaica que pouco entende de ti, mas que aplaude teus vôos.
Grande bj, amigo
grande Benny...
quem sabe do Jura, sabe muito bem esse teu poema...
quem não o sabe, sabe também.
Carpe diem!
A poesia e o poeta:
uma, um cântico marginal;
O outro, entre sinais lingüísticos,
desvenda o que os outros ignoram.
Depois...
Dois soldados, eretos, em prontidão:
um, alimentando-se do que é carnívoro.
O outro, racional, cartesiano,
achando que Benny é euclidiano.
É preciso ter fúria e estômago,
pra sentir esse sopro que passa entre os tapumes.
Grande abraço meu amigo!
Amigo Benny,
Repito sem constrangimento, o que alguém já comentou: poema visceral. Vá em frente, amigo.
Postar um comentário