Caro Henrique, Poemas a pedido são meio caminho para indispor contra quem faz o pedido, pois sugere ser a inspiração uma transação com a realidade feita a troco de influências, pedidos, desejos alheios. Na verdade, a apregoada liberdade, poética ou não, quase sempre se joga em sociedade. A lembrança faz sentido, encontra e mostra a presença da influência de algo que cria a obrigação. Obrigação agradável agradecer um comentário, a interação da presença do leitor. Meu obrigado!
9 comentários:
O poema na metalíngua. Belo! Abraço, mestre!
Sidnei,
Um prazer encontrar seu acolhimento!
A_braços!!
Francisco Coimbra,
teu poema recorda-me um do Gregório de Matos:
Ao Conde de Ericeyra D. Luis de Meneses pedindo louvores ao poeta não lhe achando elle prestimo algum.
Um soneto começo em vosso gabo;
Contemos esta regra por primeira,
Já lá vão duas, e esta é a terceira,
Já este quartetinho está no cabo.
Na quinta torce agora a porca o rabo:
A sexta vá também desta maneira,
na sétima entro já com grã canseira,
E saio dos quartetos muito brabo.
Agora nos tercetos que direi?
Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais,
Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei.
Nesta vida um soneto já ditei,
Se desta agora escapo, nunca mais;
Louvado seja Deus, que o acabei.
Caro Henrique,
Poemas a pedido são meio caminho para indispor contra quem faz o pedido, pois sugere ser a inspiração uma transação com a realidade feita a troco de influências, pedidos, desejos alheios. Na verdade, a apregoada liberdade, poética ou não, quase sempre se joga em sociedade. A lembrança faz sentido, encontra e mostra a presença da influência de algo que cria a obrigação. Obrigação agradável agradecer um comentário, a interação da presença do leitor. Meu obrigado!
Caro poeta:
imagino [cá em mim] a vastidão de sua verve.
Boa!
Francisco, esse é o dever! Você vem, mensalmente, cumprindo-o aqui, enriquecendo esse espaço.
Gosto demais dos teus escritos, caro Francisco ! Abraços, Rogerio
Benny, Nolli, Rogério,
Grato pela V. presença, a_braços!!
Caros,
o que o poeta quis dizer nos versos "Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais. Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei".
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