Fotografia: Writing a Book [Tranкov → in Human activity]
I
Minha outra face é sua...
Minha outra face é sua...
Verás que de pouco adiantou esconder-me
na volúpia-idade do passeio da chuva.
O receio de que tu és impávido retrospecto
é o receio de uma ervilha
que nunca germinou
liquefeita.
[Tento de todas as formas imaginar o ranço amordaçado
flutuar no pensamento líquido
e brochar no nervo tácito
que se abre e fecha
às bordas dos rostos enrugados
e me entristeço só de imaginar o trôpego palito
golfando hálitos de brochuras
golfando hálitos de brochuras
nas ventas viscosas
dos homens conjugados [com os pés possuídos
pela ausência]
pela ausência]
com a possibilidade de auto-transformá-los
em rastros de palavras mórbidas]
II
Sua outra face é minha...
Notarás que de nada valeu
o ranço do oxigênio gozar amordaçado.
Será que alguém sorri ao me ver ofendido
perante a idade-volúpia
que nada estancou
ou sequer corroeu
os gemidos anacrônicos?
Ah! Diante do destino
as risadas adquiridas
arrastam-se pelos dias consecutivos...
E por trás dos fôlegos estáticos das bocas líquidas
fecham-se portas e abrem-se janelas
das mordeduras do exame de consciência,
porque não temem o nervo-brocha
fundir as vozes num instante de rima
2 comentários:
D+, Benny !...hiper-cinema !
abs
Benny, cada vez que leio poema seu, como esse de agora, descubro novas imagens e tantas são as possibilidades... Poeta de primeiríssima linha, você é um dos melhores. Abraço procê.
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