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De súbito a boca acinzenta
e a saliva amarga uma desesperança.
Quisera ficar só, em minha tristeza
mas me contagio com o aço das doenças.
Quisera a armadura do cavaleiro
no instante de céu negro
mas é ao moinho que pertenço.
Minha alma volátil
engole os gritos enfermos.
O corpo dói o peso
e o olho grita
um sussurro
de benevolência.
(arte sumi-ê de Kago Woo)
Este poema faz parte do meu primeiro livro de poesia, "Nanquim", que será lançado no dia 14 de maio, à partir das 16h, na Livraria da Vila - R. Fradique Coutinho, 915 - Vl. Madalena - SP. Quem sabe possamos nos conhecer pessoalmente! Grande abraço, Débora
8 comentários:
'Tão existencial quanto nanquim aderindo à folha em branco. A mente, sente-se a a folha a ser prenchida...'
Muito profunda! Vou divulgar o lançamento de seu livro em meu blog. Espero conseguir ir!
Parabéns e sucesso!
Poemaço: belo como o belo!
Obrigada, Davi!
Espero vê-lo no lançamento.
Abs,
Débora
Obrigada, Benny.
Abs
Débora
Boa articulação!
Desejo uma tardezinha (final de tarde) de autógrafos supimpa!!!
Alvíssaras!
Namaste!
obrigada, Henrique.
Que haja muito sol.
Abs
Débora
Um poema que gera alguma ambivalência, para quem procura o equilíbrio Yn/Yang. Tem atmosfera, isso agrada-me. A parte mais questionadora deu-ma a afirmação da segunda estância «Quisera (…) mas é ao moinho que pertenço». Agito o moinho de orações, tranquilamente. Gosto do final:
«
um sussurro
de benevolência.
»
Sem urro, não sussurro: Parabéns!
Felicidades para o livro!!
Obrigada Francisco!
Sim, a busca do equilíbrio. E o poema como instrumento.
Abs
Débora
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