Esverdear de seus olhos de pássaro
São como mar escuro
A encapelar minha alma
Neles me perco, navegante
Em águas naufragadas
Negrume de seus cabelos de azeviche
São como labirintos
Por onde erro passos
Neles me aninho, menino
Em tenros sonhos
9 comentários:
Muito bem... belos poemas! Vou ser seu seguidor, seja meu também.
http://transpondo-barreiras.blogspot.com/
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http://minhalmaempoemas.blogspot.com/
http://queriaserselvagem.blogspot.com/
Um Abraço
Singrar o das tênebras.
Lira líquida, salmoura...
Valeu, mano!
Boa, Barone!
Inspirado, Barone! Beijo
vou nesse navergar sem rumo
nesse esverdeado tempo
de ser menino
e morrer nos braços
de mar
um amar sem costumes
.
Que belo, Barone.
Meu beijo.
tu não perde o fio nem a verve, né, danado?
De castigo “comentarei de castigo” todos os poemas, todos os textos publicados este mês. Podemos deixar que o Dia das Mentiras não seja verdade?
Pois é, o que é e o que vale, fazer coisas de castigo? Toda a rotina acaba por castigar a liberdade do improviso, mas há maior rotina que “pecar pela ausência”?
Quanto à rotina, quantas qualidades a mesma não terá. Não vou enumerar, a unidade é o número. Vou deixar-me tentar pela tentação e tentá-la, como tacteia uma ideia. Tentacular a imagem dum tentáculo, tentadora, táctil, sensorial, viremo-la como uma mola, pronta a distender-se...
Depois de três parágrafos às cegas. Olhemos...
Nunca há castigo em comentar poesia, basta encontrá-la. Coisa fácil neste caso, onde as palavras são como ninho para deixar o ovo dum voo até à infância, mergulhar mesmo no útero, flutuar nas águas primordiais onde nasceram as sensações do corpo em formação.
É assim este poema, imagens da imaginação, talvez carícias nas sensações tentaculares, espetaculares, das ideias saindo pelos cabelos.
Com todas estas palavras, imagino-me a usar o chapéu da invenções do professor Pardal, se bem me lembro, um ninho de pássaros.
Caro Barone, passei e deixo uma promessa que já não é de 1º de Abril, ir comentar todos os textos deste mês.
Como fundador, sócio honorário, dignitário maior, e mais títulos que não usas e também não vou abusar neles. Ab_uso é na sugestão de, pelo menos este mês, também tentares deixar um abraço a todos os companheiros, camaradas, amigos que aqui vieram parar a teu convite/desafio.
Pois é, o melhor comentário a um poema, surge quando a partir dele outro, o leitor, encontra a poesia. Podendo e sabendo, cria a sua poesia, é isso, tentar-me-ei... pela Poesia!
«São como labirintos
Por onde erro passos»,
Barone, poema “POEMA”
EM SILÊNCIO
versos onde vejo a Luz
dão-me a Poesia
e esta Fé
de levar as palavras
ao céu da boca
sentindo a Língua tê-las
Assim
Só o Assim descobre, às vezes, com esta facilidade, a arte de dizer em silêncio o que me dá a ouvir e ver dentro do coração, como meta, claro. No bater da metáfora, é e_vidente!
Belíssimo Coimbra!!
"de levar as palavras
ao céu da boca"
Tão suave... flutuante!
Alimenta sorriso ♥
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