sexta-feira, 1 de abril de 2011

Poema

Esverdear de seus olhos de pássaro
São como mar escuro
A encapelar minha alma
Neles me perco, navegante
Em águas naufragadas

Negrume de seus cabelos de azeviche
São como labirintos
Por onde erro passos
Neles me aninho, menino
Em tenros sonhos

9 comentários:

José Sousa disse...

Muito bem... belos poemas! Vou ser seu seguidor, seja meu também.

http://transpondo-barreiras.blogspot.com/

http://congulolundo.blogspot.com/

http://minhalmaempoemas.blogspot.com/

http://queriaserselvagem.blogspot.com/

Um Abraço

BAR DO BARDO disse...

Singrar o das tênebras.
Lira líquida, salmoura...

Valeu, mano!

Benny Franklin disse...

Boa, Barone!

Adriana Godoy disse...

Inspirado, Barone! Beijo

Quintal de Om disse...

vou nesse navergar sem rumo
nesse esverdeado tempo
de ser menino
e morrer nos braços
de mar
um amar sem costumes
.

Que belo, Barone.
Meu beijo.

Anônimo disse...

tu não perde o fio nem a verve, né, danado?

Francisco Coimbra disse...

De castigo “comentarei de castigo” todos os poemas, todos os textos publicados este mês. Podemos deixar que o Dia das Mentiras não seja verdade?
Pois é, o que é e o que vale, fazer coisas de castigo? Toda a rotina acaba por castigar a liberdade do improviso, mas há maior rotina que “pecar pela ausência”?
Quanto à rotina, quantas qualidades a mesma não terá. Não vou enumerar, a unidade é o número. Vou deixar-me tentar pela tentação e tentá-la, como tacteia uma ideia. Tentacular a imagem dum tentáculo, tentadora, táctil, sensorial, viremo-la como uma mola, pronta a distender-se...
Depois de três parágrafos às cegas. Olhemos...

Nunca há castigo em comentar poesia, basta encontrá-la. Coisa fácil neste caso, onde as palavras são como ninho para deixar o ovo dum voo até à infância, mergulhar mesmo no útero, flutuar nas águas primordiais onde nasceram as sensações do corpo em formação.
É assim este poema, imagens da imaginação, talvez carícias nas sensações tentaculares, espetaculares, das ideias saindo pelos cabelos.
Com todas estas palavras, imagino-me a usar o chapéu da invenções do professor Pardal, se bem me lembro, um ninho de pássaros.
Caro Barone, passei e deixo uma promessa que já não é de 1º de Abril, ir comentar todos os textos deste mês.
Como fundador, sócio honorário, dignitário maior, e mais títulos que não usas e também não vou abusar neles. Ab_uso é na sugestão de, pelo menos este mês, também tentares deixar um abraço a todos os companheiros, camaradas, amigos que aqui vieram parar a teu convite/desafio.
Pois é, o melhor comentário a um poema, surge quando a partir dele outro, o leitor, encontra a poesia. Podendo e sabendo, cria a sua poesia, é isso, tentar-me-ei... pela Poesia!

«São como labirintos
Por onde erro passos»,
Barone, poema “POEMA”

EM SILÊNCIO

versos onde vejo a Luz
dão-me a Poesia
e esta Fé

de levar as palavras
ao céu da boca

sentindo a Língua tê-las
Assim

Só o Assim descobre, às vezes, com esta facilidade, a arte de dizer em silêncio o que me dá a ouvir e ver dentro do coração, como meta, claro. No bater da metáfora, é e_vidente!

Barone disse...

Belíssimo Coimbra!!

"de levar as palavras
ao céu da boca"

kiro disse...

Tão suave... flutuante!

Alimenta sorriso ♥