domingo, 17 de abril de 2011

itinerário


não sei de aranhas
nem de fios
sei de teias

não sei de pássaros
tampouco de borboletas
sei de vôos

sei de vertigens e abismos
de asas partidas
de mãos vazias de gestos

(da ausência de versos)

e sei também de dor e desamor
mas isso fica para
outro poema



Márcia Maia

8 comentários:

Ana Morais disse...

"... e sei também de dor e desamor
mas isso fica para
outro poema"

Que maravilha,
resolvi ficar por aqui!

Um grande beijo,

Ana M.

rogerio santos disse...

muito bom !

Quintal de Om disse...

pari meus passos
e larguei-os
na estrada.
não sei nada
sobre os caminhos
mas sigo junto
pra não me perder dos compassos.

Que belo, Marcia.

meu carinho.
Samara Bassi

Renata de Aragão Lopes disse...

Adoro!!!

Francisco Coimbra disse...

Um itinerário da construção da teia onde, ao ler, o leitor tenta ficar preso desse discurso do poeta. O discurso duma poetisa que cativa e envolve, pela mestria com que dá as pistas para nos perdermos no labirinto. Disse, escrevi o que sinto. Parabéns!

Gaia em Cores disse...

Linda poesia!!!

Eu também já sei de muitas coisas
embora ainda outras nada sei
e olha que não são poucas.

Carla Fernanda disse...

Lindo poema!
Boa semana!
Saudações!
Carla Fernanda

BAR DO BARDO disse...

itinerando
retinir