Sim, naveguei!
E foi mar a dentro
e diante dos ventos
que busquei os pedaços.
Foi encharcado de vida
que curei as feridas
da alma e dos braços.
Olhando gaivotas
migrei outras rotas
sem nenhum farol.
Senti calafrios
nadando sombrio
em busca de sol.
Sim, naveguei!
E foi navegando
que fui te apagando
em meus oceanos.
A boca salgada
não mais afogada
nos teus desenganos.
Naveguei eu sei...
Pra longe de ti...
Pra um mar tranqüilo...
Onde o azul dos teus olhos
sejam o passado...
Ou esse céu
que insiste em me fitar...
4 comentários:
Muito bonito esse poema em que se navega incertezas. Bj
errata: em que se navegam incertezas.
Que belo poema! Há imagens simples e poderosas nesses versos =)
Também sou escritora, de linhas e poemas, e busco esse nível de sensibilidade constantemente... Se quiserem me ler, o link do meu blog, "O livro está na mesa", é: http://olivroestanamesa.blogspot.com/
Lembrei-me de meu poema "Sombra Libertina" ao ler esses versos, pois aquele também é simplesmente belo. O link é: http://olivroestanamesa.blogspot.com/2010/02/quarta-feira-de-cinzas-esta-aqui.html
Carpe diem!
Ao fascínio, um brinde e espumas...
Somente ao fascínio me remete tuas dunas, nuances de um olhar que vaga... busca longe o horizonte e poetiza!!!
Fascinante ♥
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