Entardece...
e o que me emudece
ao te ver bailar na areia,
é esse teu fingir sereia,
que norteia o sol
pelo céu abaixo,
nesse escracho
que fazes no horizonte,
e de fronte ao que eu ainda sou.
Anoitece...
e o que me enlouquece
ao te ouvir cantar pra mim,
é saber que não têm fim,
esse meu vaticínio
da solidão em eterno declínio,
e a nossa risada,
por cada onda contada,
e cada abraço vivido.
Amanhece...
e o que me entorpece
ao ver teu corpo ao meu alcance,
é o suor desse romance,
escorrendo licoroso,
junto ao tempo nervoso
que devora cada hora
e nos torna kamikazes
e loucamente capazes
de entardecer...
7 comentários:
No ritmo do amor.
Ah... l'amour ces't beau...
Daria naturalmente uma daquelas baladas medievais.
Belas palavras e composição.
Abraço!
Ahhhh que beleza... belo demais.
Gostei muito.
Será meu poerma da semana lá no blog, amanhã.
Poema filé. O final é arrebatador!
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