Viga que sustenta o sucesso, do ventre ao ápice
Amoroso regresso àquilo que nunca foste
Mulher de vida, de vigor e alma
Mulher da vida, de tristeza e lástima
Regressa ao teu interior, pobre e maldita
Tú que foste um dia filha
Hoje nem a terra come
Serena, caudalosa e profunda
Interna é das mais belas, formosa amor
Mulher de vida, de sangue e cor
Mulher da vida, vadia e profana
Engana, engana tua carne e deita cá
Finge o urro, o sussurro vem usar
Cadeado que prende e sufoca o gozo
Mulher de muitas vidas, de futuro algum.
3 comentários:
várias mulheres em uma só. uma mulher em várias.
gosto muito do ritmo, da rima e do conteúdo em si.
saio de seu poema preenchido de lirismo!
Como estamos simbolizadas! Desejadas como território, idealizadas como mães, substituídas como irmãs, desprezadas/desejadas como vadias...
Mas bom mesmo é poder ser apenas mulher.
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