
Como posso
crer no candidato,
se antes do mandato
ele já suja a cidade inteira,
a cara lavada em óleo pra madeira
pisoteada por cada pessoa que passa?
Campanha limpa honra o asseio pelo passeio.
Respeita o chão que é público e alheio.
Prioriza o discurso e não o panfleto:
a sua fala em branco e preto.
Aquele lá é predador
a só ver o eleitor
como caça.
Renata de Aragão Lopes
Soneto blavino publicado em 15 de setembro no doce de lira.
7 comentários:
Renata, estou de acordo em nº, gênero e grau!
REnata, asino embaixo dos teus versos! bjs
É assim em todo o lado...
Poema muito a propósito do processo eleitoral em curso no Brasil (em Portugal é no próximo ano...).
Beijo.
Oi,
O pior é o que está por traz dessa sujeira. Quem patrocina essa sujeira quer o seu de volta. E aí reside o cerne da grande corrupção que assola este país plutocrático, que precisa ser vendido e mostrado como democrático.
Saúde e felicidade.
JPMetz
Ótimo poema, Renata.
Os homens [públicos] deveriam incluir os seus versos em suas propostas e propagandas, quem sabe assim não deixariam de ser panfletárias?...
Um beijo,
H.F.
Renata, cheia de razão! Parabéns, querida!
Muito pertinente. Perfeito em todos os níveis.
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