Esse macho da minha espécie,
que vem da chuva
com cheiro suado
de mato cortado,
ao vento solto,
é insólito,
por ter as raízes no solo.
Mal chega,
me põe logo no colo,
dissolve os soluços,
quando choro.
Ele faz o jantar
e me come.
Diz que me ama,
mas,
na manhã seguinte,
traz café quente na cama
e some.
(do meu livro
LEOA OU GAZELA, TODO DIA É DIA DELA)
4 comentários:
Poisd é, né??
LINDO post, como sempre!
Bjus de novo.
Porra, massa. O fim é um tiro.
Tezão.
Flá, ótimo poema. Tenho lido o seu livro e me deliciado! É uma viagem ao mundo da poesia e da sensualidade. Parabéns!
obrigada, pessoal!
beijobeijobeijobeijo!!
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