quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Lego II

Sempre impressionado com acatos e desacatos a “autoridade”
Maldade é sementes não plantar
Cantar no umbigo do mundo
Fundo na lava dançando em parceria
Ouviria os lamentos de quem vive

Viveria lambendo frestas e janelas
Comeria iguarias absurdas
Enquanto as mães são sentinelas
Elas amam na extensão do seio, surdas

Mudas cada vez que te vejo
Andavas destramente distraída
Sempre lendo a Ilíada
Almejando cegamente o beijo

Ser será uma imaginação
Ação dos modernos
Eternos desejos de conhecer
Lamber o sentido do mistério
Império da razão
Mansão fria da sabedoria
Harmonia dos desamparados viventes
Tementes inventam mitos
Nos ciclos cantamos opostos
Compostos de espiral contradição

Acesse a oposição em espiral publicada simultâneamente deste poema:
http://existenznoexistenz.blogspot.com

2 comentários:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Muito intenso! me leva a refletir sobre tantas vertentes da vida...

Sergio Kroeff Canarim disse...

MAravilha Albuq. Que leve a reflitir sobre todos os possiveis aspectos da vida...Abraço