Ontem,
como num acalanto,
estive entre o riso e o espanto.
Lembrei dos ventos frios
e da lua de brilho raro,
quando sempre me deparo,
com a lembrança
dos teus traços,
e assim,
revivo os abraços
e os sonhos
outrora rascunhados.
Hoje,
em pé na varanda
percebi que suas pegadas,
a tanto tempo cunhadas
em minhas ruas de nanquim,
ainda não se apagaram.
E como de praxe,
minha esperança de guache
se borrou com meu pranto.
3 comentários:
Que lindo!!!
Adorei "em minhas ruas de nanquim...".
Belo poema.
Lobone, sempre Lobone.
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