domingo, 18 de julho de 2010

Nanquim

Ontem,
como num acalanto,
estive entre o riso e o espanto.

Lembrei dos ventos frios
e da lua de brilho raro,
quando sempre me deparo,
com a lembrança
dos teus traços,
e assim,
revivo os abraços
e os sonhos
outrora rascunhados.

Hoje,
em pé na varanda
percebi que suas pegadas,
a tanto tempo cunhadas
em minhas ruas de nanquim,
ainda não se apagaram.

E como de praxe,
minha esperança de guache
se borrou com meu pranto.

3 comentários:

SUSANA disse...

Que lindo!!!

TON disse...

Adorei "em minhas ruas de nanquim...".

Belo poema.

Benny Franklin disse...

Lobone, sempre Lobone.