terça-feira, 29 de junho de 2010

Confluência



Ter-te amado, a fantasia exata se cumprindo
sem distância.
Ter-te amado convertendo em mel
o que era ânsia.
Ter-te amado a boca, o tato, o cheiro:
intumescente encontro de reentrâncias.
Ter-te amado
fez-me sentir:

no corpo teu, o meu desejo
      – é ancorada errância.



Affonso Romano de Sant'Anna


2 comentários:

Renata de Aragão Lopes disse...

Suavidade...

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

Este poema de amar e ser amado e ter amado, corre sublime ...parabens ab