O canto da minha boca
mudo, torto,
absorto, deixa fluir
o magma...
O canto do meu olho
mórbido, fosco,
quase morto, deixa cair
a lágrima...
O canto escuro em que se oculta
o resto, o gosto,
o mosto, a fé e o devir
é alma...
O canto que sepulta o mundo
é horto... E, ao morto,
o réquien não ouvir...
é nada...
No entanto, a dor do mundo
lindo e louco
muito ou pouco é pra nos unir
... É amálgama!
2 comentários:
belíssimo do fim e no decorrer...sem fim é poema que clama muito belo!!!!ab
Valeu, Cíntia!
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