quarta-feira, 30 de junho de 2010

Simplesmente no frio

Simplesmente no frio

de um dia aberto andarmos
depressa os dois

me dá vontade de gritar
Olha a gente aqui! – mas
percebo que

sabemos cada qual
no seu próprio silêncio
quanto cada qual sabe.



Cid Corman

Um comentário:

Edu disse...

Sabe o que eu acho mais bonito nesse poema?

A ambiguidade do frio no tempo ou na relação, o chamado para curtir ou tempo, ou discutir a relação, e o silêncio sabendo que cada um sabe o frio que passa.

Mto bom!