Meu rosto era tão limpo
Tão claro
Tão lavadinho...
E foi empoeirando-se aos poucos...
Cobriu-se de nódoas e fungos
virou essa mancha escassa
que foge do meu espelho.
Minha alma era tão limpa,
Tão clara
Tão lavadinha...
E foi desfazendo-se aos poucos...
Desmanchou-se em brumas e fumaças
Virou essa nuvem suspensa
Desalentada, enfraquecida.
Meu sonho era tão limpo,
Tão claro
Tão lavadinho...
E foi sumindo-se aos poucos...
Transfigurou-se, leve e mofino,
Virou bafio de coisa velha,
Indefinidamente à espera.
8 comentários:
Lindo poema!
Como todo verdadeiro poema bem simples mas profundo...
Bjs
Mila
Que forte, Daisy!
É preciso
que se junte
cada caquinho
deste espelho...
Beijo,
doce de lira
lindo demais, daisy!!!!
como sempre!!
beijos
Lindo, Day! Sensível, verdadeiro. Você está cada vez melhor. Continuei no tema, mas acabei passando o dia.
beijão, Mhel
Foi meu poema da semana lá no blog. - http://escrevinhamentos.blogspot.com/
Daisy, é um belo poema, sobretudo a descrição inicial! Muito bom!
Obrigada a todos pelo carinho!
beijos!
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