Desci ao porãopra revermonstros antigos- mas fui em vão.Descobrique se tornarammeus amigos- logo, somem na escuridão.De companhia,restaram-mevinhos- a uns poucos degraus do chão.Embriaguei-mede apatiaaos golinhos- subsolo da solidão.Renata de Aragão LopesPoema escrito para esta imagem,
publicado em 12 de março no doce de lira.
17 comentários:
Nooooossssaaaa! Que tudo de bom,Renata! Beijos de parabéns!
Poucos ousam... poucos ousam descer ao fundo... ao fundo do poço... e só a ousadia permite encontrar o tesouro:
O SEGREDO DO ABISMO
Num furor de mil ondas hei cismado
E pelas vagas seguirei inconformado,
Negando-me até o menor linimento,
Se me oculta o rumo, o firmamento.
Se é amando que se aprende a amar,
Tão certo quanto a amplidão do mar,
Se é vivendo que se aprende a viver,
Que por certo é imprescindível crer.
Contra toda a imprecação e truísmo
Preciso se faz beirar o tredo abismo
E saber menos dista o distante cume
De um tal lugar, sem qualquer lume
E se um triste evento nos faça quedar
Num tal buraco que não tenha fundo
Que se saiba ser inútil se desesperar
Que isto não é nunca o fim do mundo
Francisco de Sousa Vieira Filho
FONTE: VIEIRA FILHO, Francisco de Sousa. Lira Antiga Bardo Triste. Teresina - PI: Gráfica e Editoria O Dia, 2009. v. 500. p.11.
http://seth-hades.blogspot.com/2010/02/o-s-egredo-do-bismo-num-furor-de-mil.html
Renata, belo poema. Tem uma mágica especial, dando asas a imaginação do leitor! Como sempre, muito bom.
Belíssimo poema!
É preciso coragem para percorrer os caminhos que nos levam ao interior de nós mesmos.
bjs.
Bom revê-lo! Sempre bom ler vc.
Beijo!
Soberbo. Da busca à apatia. Do medo à negação. Do abrir o porão à etílica anestesia.
Parabéns pela elegância poética.
muito bom! parabéns!
lindo. Parabéns!
Lindo o poema...impressionante como os monstros, com o tempo, tornam-se amigáveis.
Parabéns!
Ana.
Simplesmente perfeita !
(gostaria de ter escrito...mesmo !)
abs
Lindo demais, moça!!!
E é sempre bom irmos aos lugares que nos assustam. depois da visita, parecerão menos escuros e sombrios.
Beijos
Envolvente e macio, como os bons vinhos. Saboroso!
Visitar o porão
é, por vezes, necessário.
Um grande abraço a todos
e muito grata pelos comentários!
Ótima poesia, muito bem escrita e como é doso o resultado de nostalgia que ela nos passa.
Verdadeiramente os monstros de ontem são nossos menores medos dos dias de hoje.
Continue assim, sempre, seja entre monstros ou amigos.
Muito bom!
Foi meu poema da semana no blog.
Pedro Xudré,
muito obrigada pelos elogios!
Barone,
quanto prestígio!
Pela segunda vez,
tenho um poema
em seu blog! : )
Beijos.
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