Enquanto aguardo a sua chegada,
busco o relógio e adianto as horas
na esperança da sua falta.
Enquanto anseio pelo seu beijo,
Trinco os dentes, mordo a língua,
E engulo a saliva e o sangue.
Enquanto meus pelos se arrepiam ao seu toque,
me visto de aço e ferro,
e encarcero todo o meu corpo.
Enquanto meu olhar de fogo se rebela e te acolhe,
meus lábios se trancam,
se calam e te negam.
Me contradigo...
Então... meus versos surgem de desejos confusos, dispersos...
e minha alma vagueia entre metáforas livres e incertas...
por ora eu peso a razão e o não-senso.
Mas perco a conta e começo tudo de novo.
Daisy Melo
2 comentários:
putz! quão sensível...
De ambivalências vive a poesia.
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