sexta-feira, 26 de março de 2010
Remocejo
Vinda de qualquer lugar é aquela vontade
Da mocidade de encontrar a si, um mi(m), em (n)dós, quiçá
Dá. Ah, se dá. Virilidade e coragem, um padrão já tão antigo
Puído. Roído como as pernas do cidadão
Foge. Foge não. A vida está à espera de ti pra rolar
Entre as pernas do tempo, embrenhar a idéia
Que vem do intento de tentar, vêm, vêem rolar
Para soldar o tempo que está por trás e detrás do vento
Que aformoseia o rosto da menina, com cabelos revoltos no ar
Te convido pra amar. Se amarrar. Se esforçar
Mulheres, garotos padecem de ti e merecem um sim
precisam do pão que untam seus seios
Meninos, abrigo suas donzelas procuram
carecem do ão que forjas com a mão
Acolham-se, supram o canto que sai do ventre
Agora nós, a frente desse grande palco
Juntos ao final do ato. Pendemos em dizer
"Sim, sim. Foi muito bom viver."
Tivemos a quem ceder e conceder um braço amigo
Um peito cálido e um fardo de emoção
Gorjeios mil, elogios outros e não por poucos
Perdemos a razão e digo: "De nada foi em vão"!
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Pedro Xudré
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6 comentários:
como diz a sábia cantilena : "melhor pecar por excesso, que por omissão..."
viver enquanto há vida, é a melhor maneira de não se morrer...
abs
Uma ode à vida. Um poema à vida. Poesia viva. Viva a poesia.
Excelente!!!!! Umas das coisas mais gostosas que li nos últimos tempos. Parabéns!!!!
Uma ode à vida. Um poema à vida. Poesia viva. Viva a poesia.
Excelente!!!!! Umas das coisas mais gostosas que li nos últimos tempos. Parabéns!!!!
belo poema, pedroca. cada dia mais polido. eu tb sempre prefiro tentar.
...Bastante coisa pra pensar... e me agarrei a uma idéia tirada daí: por que manter e repetir e ceder a esse padrão puído? Ou melhor... é óbvio porque cedemos. Mas é hora de pensar em outros jeitos. Melhor ainda: admitir que muitos já estão pensando e experimentando outros jeitos.
Eu vejo que todos sentiram a essência de que mudar é preciso.
Seja em qualquer relação humana que temos. Seja em qualquer área de nossas vidas.
Seremos culpados pelo não tentar, o tentar nos é dado todos os dias.
Obrigado à todos que apreciam nossos poemas, digo nossos por que é fruto de todos nós, do somatório que contribuimos para cada um.
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