domingo, 28 de março de 2010

Aflição


Basquiat

As questões que me trazem não me remetem a nenhum absurdo.
São questões apenas para os gênios que desistiram de amar...
Mas aprendo a conviver com elas e me permito a redemoinhos d’alma.
Sumo...
Fico distante.
Dispersa, para ver melhor.
Apreendo os segredos de tuas rugas.
E, na saudade, cheiro a essência em tuas vestes.
É que isso que chamam de Amor não é lá coisa de ciência.
É coisa simples de se viver com consciência.
E entre o Amor e as questões que me trazem.
Prefiro apenas muda o Sentir.
Porque tuas questões pertencem a ti.
A mim, pertencem as dúvidas que sequer nasceram,
Ou ainda verdes, pedem...
Aguardam o estio ou a tempestade para desabarem todas.
São como frutos de tudo que não respondi.
Das vezes que me calei e de outras que gritei ao infinito.
Essa coisa de quaresma me deixa mesmo em pleno estado de aflição.
E, aflita, viajo a templos que não te são permitidos.
É que essa coisa de Amor não precisa de definição.

Alyne Costa
14/03/09

2 comentários:

Barone disse...

Bom te ler, Alyne.

Ianê Mello disse...

Lindo, Aline!

Amor não tem definição.

Bjs.