quarta-feira, 17 de março de 2010

poeminha cínico


mesmo o mais cinzento dos domingos
diz-se azul quando amanhece

ainda que em meio a terremotos
maremotos tempestades

mesmo o amor mais corrosivo sabe
a mel quando engatinha

ainda que respingue sangue e fel
a cada passo

mais importa o prometido que o
que encerra

à luz dos dias a crua e cínica
e vã realidade

sendo assim seguem sempre azuis
e doces os amores e os domingos -

a propaganda é a alma do negócio
bem se sabe



Márcia Maia

14 comentários:

Lírica disse...

Márcia, boa sacada. Como disse Winnicott, o que nos une e aproxiame move, é a ilusão!

Lírica disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

eita, dona márcia cada vez mais afiada, hem?

VERA PINHEIRO disse...

Amores e domingos são bem assim mesmo, Márcia! Beijo!

Renata de Aragão Lopes disse...

Excelente!!!

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

domingos são o bálsamo para outos dias muito mais cinzentos...
Poesia linda.
Parabens
ab

Flavio Machado disse...

belo poema parceirinha, tentando voltar

bjs

tenorio disse...

que belo poema. gosto muito dos seus períodos longos, como uma respiração em suspenso, que não se encerra exatamente ali.

Barone disse...

"sendo assim seguem sempre azuis
e doces os amores e os domingos"

L. Rafael Nolli disse...

Márcia, ótimo poema, como sempre.

Leo Curcino disse...

vc juntou todo o cinismo do mundo em poucos versos.

Joe_Brazuca disse...

Show !...

é assim que se escreve, é assim que se faz...

abs

Flá Perez (BláBlá) disse...

muito bom!

Anônimo disse...

Poxa, sorte a minha "descobrir" o blog de vocês.
Bárbaro!

Abçs
Samuel Vigiano