a escuridão
repetida nos espelhos
do quarto
a solidão profunda imersa
na ausência de cura
arrasto lentamente
o corpo
entre os móveis indiferentes
apagou - se a luz
primeiro os vultos
espectros
a contínua e densa neblina
o tempo
encerrado
enclausurado
engaiolado
prisioneiro deste campo de sensações
sentidos
na redução imposta pelas trevas.
5 comentários:
que poema bom para os sentidos, gostei muito de: arrasto lentamente
o corpo entre os móveis indiferentes.
gostei muito. identificação imediata. beijo.
é... um dia ainda escrevo assim...
e o tempo, engaiolado, não passa?
adorei esses móveis indiferentes!!!!
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