segunda-feira, 8 de março de 2010

calminórias cintilantes

sem razão
meu coração fala
minha alma
permanece surda.

sem palavras
no breve azul do agora
escrever um poema, sem nome
um poema, senhora.

sem sombras
com toda calma que há
palavras pousam, suavemente
nas costas do papel em branco.

9 comentários:

Byra Dorneles disse...

Muito legal o blog!!!
abs

Pedro Xudre disse...

Em uma construção simples você conseguiu expor um pequeno naco da alma/vida poética. O comprimento do poema não desmerece o poeta, que em sólidos versos abriu uma fenda de idéias. Parabéns.

Pedro Xudre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Victor Meira disse...

Gosto mais da primeira estrofe. Quando o objeto (a poesia) é declarado, sinto que o poder de universalidade enfraquece. A primeira estrofe, mesmo com figuras surradas, é bonito e forte, Cleber.

Abraço!

Lírica disse...

Poema progressivo que vai num crescendo até materializar a dor em inspiração e, por conseguite, em linguagem... pura intuição, sem compromisso com tema. Como se parecesse coagido e depois se tornasse inevitável, mas ainda assim, tênue.

Barone disse...

Que beleza de poema.

Assis de Mello disse...

Muito bom, Cleber !!
Sntético, maduro, instigante. A rima (incidental ?) no segundo bloco caiu super bem.
Parabéns !!
Chico

Barone disse...

"palavras pousam, suavemente
nas costas do papel em branco."

Barone disse...

Foi o meu escolhido para o poema da semana lá no escrevinhamentos.