sábado, 20 de fevereiro de 2010

Samba da criola doida.

Faz tempo que não escrevo
Uma palavra ou outra
Na areia
E só

Troco as letras
Por um bocado de água do mar
Uma nesga de sol cansado
E ó: isso já me basta

O povo apressado
Que ultrapasse depressa
A caminho da próxima vida
Eu prefiro a calma nada enrustida

Abaixo às buzinas da vida
que eu só quero ficar parada.

Julia Duarte.

5 comentários:

tenorio disse...

arrisco a dizer que você escreveu um poema fundamental, resumo perfeito de muita coisa. Genial!

VERA PINHEIRO disse...

Eu também, eu também. Adorei, Julia! Beijos!

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

Calmaria, sempre o Poeta exalta
Parabens ab

Danielle Antunes disse...

Vibro na mesma sintonia serena... não quero a pressa, prefiro a calma..

Loucos desvairados
Circulando com os seus carros
Não há silêncio
Apenas inquietação
Queima de combustível
Do tempo de vida
Dos filhos
Dos filhos
Dos filhos...

Victor Meira disse...

É uma dureza....